"Ser honesto não nos trás muitos amigos. Mas com certeza nos trará os amigos certos"

      Nós deixamos muito tempo passar em branco por ficarmos imaginando demais, e é muito perigoso viver dessa forma inconsciente.

      É preciso estar acordado para viver o agora.

      A maior parte do tempo estamos dormindo dentro das nossas ilusões e, perdemos a noção do tempo que precisamos viver.

      E normalmente quando isso nos acontece, o nosso Mestre Interior nos encontra alguma dor, algo que nos tire de nosso conforto mental, para que voltemos para a realidade do momento presente.

      Quando a dor surge, esquecemos tudo o que é secundário e começamos a reflectir sobre o que realmente nos importa… pode ser uma pessoa, uma actividade, um lugar… pode ser qualquer coisa que mude o nosso estado de espírito quando nós visualizamos a nossa mente.

      E infelizmente não podemos avançar se não existe algo que nos incomode.

      A dor faz-nos mudar de posição, ela obriga-nos a meditar por ângulos diferentes, pensar de maneira mais inteligente.

      Não existe outro tempo em que nós possamos fazer algo por nós mesmos que não seja o agora. Por mais belo que tenha sido o nosso passado ou mais brilhante seja a forma que nós imaginamos o nosso futuro, nenhum dos dois existe.

      Quanto mais negatividade a vida nos traz, maior é a força exigida de nós, e no fim de contas, por pior que as coisas nos aconteçam, isso pode fazer bem.

      Os nossos olhos conseguem avistar novamente o chão em que pisamos, e nós lembramo-nos daquilo que nos faz bem de verdade.

      No momento em que sentirmos uma dor tão forte que nos faça ficar de joelhos, nós caímos na realidade.

      Enfrentar muitas dificuldades faz-nos sentir muito solitários, mesmo diante das pessoas que nós amamos, mas nunca devemos subestimar a nossa capacidade de lidar com isso:

      Podemo-nos ouvir, podemo-nos observar, podemo-nos cuidar, e principalmente, podemos aprender connosco mesmo.

      Será que já possui-mos tudo o que precisamos ter para agir agora?

José F. Rocha Gomes